O título é totalmente fora do contexto se tivermos em conta esse dia tão querido dos cidadãos dos EUA e apenas tem a ver com a humilhação que hoje sofreu a corja que tentou de todas as formas (im)possíveis e (in)imagináveis fazer prevalecer a vontade uns poucos contra a liberdade de muitos milhões com a ignóbil ditadura que dava pelo nome de ACTA. Ainda ontem, um dos principais responsáveis por tal manobra solicitava a todos os intervenientes com poder de voto para se absterem e desta forma poderem ultrapassar a barreira que os poderia impedir de alcançarem tal desiderato e de tal forma que tinha quase a absoluta certeza que o EPP o iria fazer. Felizmente, uma esmagadora diferença de 478 contra 39 expressa de forma inequívoca onde estes tristes deverão enfiar este tal "tratado"...
Se no princípio afirmei que o título estaria fora de contexto do restante texto existe porém algo que até pode ter alguma ligação, embora em sentido inverso, que é a marcada independência do Parlamento Europeu perante a invasão dos podero$o$ bobbys da indústria de entretenimento na sua maioria sediada nas terras do tio Sam mas com dependências em todos os países do mundo através de várias obscuras "associações" de onde não se podem excluir as infelizmente famigeradas "portuguesas".
Desta forma, esta significativa e expressiva recusa por parte do Parlamento Europeu, deixou os EUA praticamente a falarem sozinhos acerca de tal "tratado" já que provavelmente contará apenas com o apoio de Marrocos. Ainda bem que o PE o rejeitou já que a União/Comissão Europeia assinou tal dejecto, com a suspeita concordância de Portugal ou seja, o PE conseguiu em poucos meses ver aquilo que durante vários anos à porta fechada e mais mais desprezível segredo centenas de outros não QUISERAM ver - fortes indícios de que este "tratado" violava de forma repugnante os direitos fundamentais dos cidadãos. Claro que, após conhecimento dos documentos, numa primeira fase onde alguém teve a feliz ideia de os dar a conhecer ultrapassando desta forma parte do secretismo que o rodeava, foram os próprios cidadãos que de várias formas conseguiram abrir os olhos destes responsáveis embora como já se calculava a CE/UE nunca QUIS ver aquilo que realmente se passava em seu redor imbuídos numa colectiva cegueira que bem ilustrada ficou no "ensaio" de Saramago.
Como é óbvio, esta foi apenas uma das batalhas e não o acabar da guerra que certamente perdurará através de outros manhosos expedientes por parte dos habituais suspeitos com a esperada intervenção de poderosos bobbys para de alguma forma conseguirem impor a lei deles, mesmo que seja contra toda a vontade agora expressa e dos direitos fundamentais da população, apenas em prol da sôfrega busca de mais e mais cifrões. Como tal, é necessário estar sempre alerta para cortar o mal pela raiz e nunca deixar chegar ao ponto onde chegou - o "povo" já demonstrou que não se deixa enganar assim tão facilmente embora Portugal não seja um exemplo estas coisas perfeitamente visível pela passividade bovina com que deixa enganar pelos consecutivos desgovernos com principal destaque para o actual o qual, julgava eu erroneamente, nunca poder via a ser pior que o anterior. Apesar de se tratar apenas de uma batalha, este dia 4 de Julho de 2012 poderá vir a ter o merecido relevo para muitos milhões de cidadãos que podem considerar este o dia em que o Parlamento Europeu impediu uma das mais catastróficas imposições de um sistema ditatorial por parte de uma super-potência estrangeira. quem sabe, terá algum o devido destaque e ter honras a eventuais comemorações? (pela parte que me toca - ófaxfavôr tira aí uma fresquinha que hoje é dia de festa...)
quarta-feira, julho 04, 2012
INDEPENDENCE DAY
Publicada por
jocaferro
à(s)
19:38
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