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domingo, maio 18, 2014

DIREITO A SER "ESQUECIDO"

Numa altura em que estamos em período de reflexão pela "Europa" eis mais uma fantabulástica decisão dos hipócritas "Europeus" perfeitamente demonstrativa que de pouco vale o nosso esforço em eleger alguém capaz de ir para lá defender os REAIS e VERDADEIROS interesses dos cidadãos que fazem parte desta comunidade.
Após imensas promessas de muitos destes decisores, neste caso com especial realce para aquela que tudo prometeu e praticamente nada fez - Viviane Reading, que na sua grande maioria nunca foram cumpridas exceptuando neste final de corrida onde lá conseguiram fazer alguma coisita à pressa e no presente caso, se traduziu numa autêntica cagada!

Como defensor das políticas que visam proteger os cidadãos e especialmente dos direitos fundamentais dos mesmos, acho que esta decisão até poderia ser benéfica para os utilizadores deste Universo. Porém, se numa primeira análise até posso concordar com esta decisão, numa análise mais profunda também posso perceber quais o perigos que a pressa-para-mostrar-algum-serviço-antes-de levar-um-pontapé-no-traseiro que tal acarreta para todo o universo de utilizadores duma Internet que se quer a salvo de decisões arbitrárias e principalmente daquelas com tendência em proteger os interesses de uns poucos em detrimento de todos. E foi precisamente isto que aconteceu, quando alguém decidiu algo que se esqueceu de que se existe o direito de um ser esquecido também existe o direito de todos os outros ao conhecimento!

Isto é grave, muito grave, para toda a gente que deseja ver uma Internet isenta, livre e sem preconceitos que, como é óbvio, para além de tudo o que é bom e desejável também arrasta consigo aquilo que é mau e indesejável. Senão vejamos:

- por acaso já tinha conhecimento deste caso embora não tivesse dado qualquer importância no decorrer destes anos todos mas o que se torna mais admirável e de alguma forma incrivelmente contraproducente é que quem não conhecia o problema que Mario Costeja González teve, após esta decisão do direito ao "esquecimento" o que aconteceu de facto foi que todo o mundo ficou a conhecer não só o personagem mas também o cerne da questão e pela qual exigiu ser "esquecido"!
E ainda pior, é que agora jamais será esquecido!
E provavelmente muitos outros requerentes que facilmente terão direito ao estrelato!

- se no presente caso apenas os motores de busca foram visados, especialmente Google, o que impede alguém de exigir igual tratamento dos outros meios de comunicação?
A partir de agora quem encontrar algo como "John Doe requisitou que algumas informações pessoais fossem apagadas" não irá de imediato à procura desses dados "esquecidos"!?
E depois, em nome do "esquecimento", queimem os jornais, destruam os arquivos e queimem as Bibliotecas!?

- e porque não "esquecer" Hitler?
O facínora já morreu - para além dos anos que já decorreram qual a relevância dos dados arquivados que existem por toda a parte!?
Que raio é essa treta de relevância!?
Como é que se mede essa estupidez que alguns gajos que até agora andaram com a cabeça metida no cú inventaram!?

- outro dos pormenores relevantes e que deveriam ter maior atenção por parte destes decisores é saber como tecnicamente irá ser cometida tal proeza. Por exemplo, no caso de um John Doe requisitar ser "esquecido" como ficarão todos os outros John Doe espalhados pelo mundo?
É que se repararem bem trata-se de uma gigantesca proeza técnica que a gratuitidade desta decisão nem sequer teve o mínimo pejo em aclarar!
E, como se pode verificar um pouco mais abaixo no caso da Cláusula 42, estes super-cérebros até deixaram a NSA e companheiros europeus espiar ilegalmente todos os cidadãos europeus baseados na complexidade técnica que traria para o Tratado a eliminação de tal Cláusula!!!
Onde andava esta super-Inteligência nessa altura!?
A passar férias de 360 dias no ano e nos restantes, para disfarçar que fazem alguma coisa, prestam-se a mostrar vassalagem e a serem manejados pelo Puppet Master daquele teatro de marionetas em que se tornou a "Europa"!?

- e, porque carga de água há-de alguém ver o seu nome esquecido de tal forma que todos os outros cidadãos do mundo desconheçam a realidade/verdade?
Será que Bill Clinton cidadão poderá exigir o "esquecimento" e riscar da história a brincadeira com a Monica alegando que tal facto não tem relevância alguma ou que já foi há muito tempo?

Muitas outras questões poderiam ser discutidas a favor ou contra esta ridícula decisão mas certamente nos próximos tempos acontecerão diversos debates um pouco por toda a parte e vou partir noutra direcção só para mostrar como tal decisão é de uma vergonhosa hipocrisia:

- onde se meteram estes pseudo-protectores dos direitos dos cidadãos aquando dos factos que Snowden transmitiu ao mundo e que vieram apenas comprovar algo que estes governantes sabiam de forma descarada desde há muito tempo!?

- onde e quando decidiram exigir que todos os registos ilegais na posse dos gigantes da espionagem fossem pura e simplesmente "esquecidos"?
E se eventualmente pouco poderiam fazer face à NSA, muito menos exigir alguma transparência, já no caso da britânica GHCQ (que aos europeus fez bem pior que a NSA), alemã BND, francesa GSDE o que fizeram até agora!?
Ah! sim fizeram alguma coisa - apesar de terem tido um papel fundamental, com a colaboração conhecida da Suécia e Espanha, e provavelmente de outros países por saber, na espionagem europeia/mundial pela ajuda prestada à NSA, foram aos EUA chorar a sua indignação!
Notavelmente, quando tal procissão de indignados se dirigiu ao beija-pés no santuário "americano" até conseguiu algum resultado no Congresso por parte do espião-mor James Clapper:
“Some of this reminds me of the classic movie ‘Casablanca’ — ‘My God, there’s gambling going on here,’ ”
Certamente não seria o resultado esperado de serem comparados com um celebrizado corrupto que, falsamente indignado, falava assim do próprio negócio que ilegalmente geria!

- e em que buraco andaram metidos estes arautos da dignidade humana quando foi a votação o vexante acordo entre a EU e os EUA em que deixaram aprovar a eliminação da (anti-FISA) cláusula 42!?

Como nota final, declaro com toda a sinceridade que até estou particularmente satisfeito por terem feito frente a Google e à inusitada avidez que esta tem com recolher dados de tudo e todos. Até que enfim, este problema começa a merecer as luzes da ribalta mas também me sinto completamente desagradado pela gratuitidade de tal decisão, claramente para à pressa e de forma atabalhoada "mostrar o serviço" que durante anos meteram nalguma obscura gaveta da secretária, agora que estão no final de mandato. Pessoalmente, creio que esta decisão não tem qualquer mérito e que deveria ter sido submetida a um processo mais rigoroso e uma perfeita análise de todos os problemas que acarretará no futuro da Internet como um espaço isento e não à mercê, entre muitas outras, de imaturas decisões de governos da treta.

quinta-feira, junho 27, 2013

ORYCTOLAGUS CUNICULUS

"Politicamente, o que posso dizer como primeiro-ministro, é que o país precisa menos de greves e mais de trabalho e de rigor,(...)"

Por acaso até gostava de ouvir o que pessoalmente este sujeito pensa acerca deste assunto. Porém, como apenas sei da opinião "política", apenas posso dizer que tem toda a razão!

"menos greves" - sem dúvida mas a principal questão não reside em saber a quantidade de greves mas sim a razão dessa quantidade existir. E se não sabe a razão de tanta greve e principalmente como as evitar então politicamente esta opinião não tem qualquer razão que a sustente;

"mais de trabalho" - ora, ora. Eis a personagem que num curto espaço de tempo conseguiu a impensável proeza de colocar menos 300.000 pessoas a trabalhar!
Talvez queira fazer jus aos hábitos da espécie (*) pois só assim se compreende que não ouça imensos "grevistas" a reclamar justamente - "QUEREMOS TRABALHO"!
Ainda por cima quando à razão de existirem menos 300.000 trabalhadores se soma o alargamento do horário de trabalho e o aumento do limite dos anos de trabalho fácil é prever que todos aqueles que querem trabalhar, principalmente as novas gerações, irão ter sérias dificuldades em cumprir com tal desejo e como tal este número de desempregados apenas terá um sentido - aumentar. Ora, só alguém que durma e descanse à sombra da bananeira nesta república das bananas é que não consegue compreender que este "mais de trabalho" até está a acontecer mas não neste país mas sim a fugir para o estrangeiro;

"rigor" - e quando é que este desgoverno começa a cumprir, já nem peço muito ou todo mas pelo menos um mínimo de rigor, com aquilo que prometeu!?
"Rigor" em quê?
"Rigorosamente" nada!
E se tal "rigor" tem por detrás a aparente razão das contas públicas pois nem sequer aí já que essa contabilidade tem como resultado um estrondoso falhanço em termos de previsões quando confrontados com a realidade. O que é de facto extraordinário é que até ao momento nunca conseguiram sequer acertar numa única previsão!
Ah!, talvez exista de facto algum "rigor" e até algum exagerado zelo para com a troika mas aí está mais que visto que a política deles já se revelou como absolutamente errada para o nosso país. Mais grave ainda é quando apressadamente e sem qualquer razão que apoiasse tal iniciativa ainda andaram todos vaidosos ao afirmar que até iriam mais longe do que a Troika exigia o que traduziu no lamentável estado a que o nosso país chegou!
E quando falamos em "rigor" poder-se-à perguntar porque razão andarão centenas de milhares ou milhões a reclamar!?
Porque não tem qualquer razão que lhes assista!?
Será que apenas uma mão cheia de políticos é que usurpam a "verdade"!?

(*) - "A maior parte dos coelhos come e mostra-se ativa (sic in wikipedia) do anoitecer ao amanhecer, e passa o dia descansando e dormindo."

sexta-feira, junho 14, 2013

TÃO AMIGOS NÓS SOMOS!

"José Manuel Barroso stated that the EU and the US shared a firm belief in freedom, democracy, Human rights, and prosperity; these hallmarks of the societies and what bound them together.





Barros e Napolitano mostrando-se tão felizes...

Ooooopppsss.



O homem até pode nem ter nada a ver com isto mas no fundo ele é o Presidente e foi precisamente nesse papel que proferiu as palavras em epigrafe. Assim, se alguns líderes da UE estão neste momento alarmados com a descarada espionagem que FISA permite, através da agora célebre aplicação Prism da NSA, executa indiscriminadamente a todo e qualquer cidadão em qualquer parte do mundo, para a próxima pensem um pouco antes de pactuarem com os bobbies dos EUA.

Mas o pior de toda esta descarada nojeira é que a eliminação da clausula "anti-FISA" nem sequer tem a ver com algum tipo de cooperação em termos de segurança(**) mas sim devido a alguma complexidade que poderia eventualmente existir num tratado de cooperação comercial entre os EUA e EU!

(*) - a ligação para o FT carece de registo pelo que optei pela ligação a Washington Post.
(**) - continuaria a ser inaceitável como é lógico.

sexta-feira, maio 10, 2013

QUANDO CUMPRIRÃO COM A LEI!?

Por mais de uma vez tenho recusado preencher "digitalmente" qualquer tipo de documentos que me enviam em formatos proprietários e fechados mesmo quando num caso tal se revestia de preenchimento obrigatório - neste último caso enviaram-me por "papel" através de correio registado e resposta paga para solucionar a questão.
Por se tratar de um uso repetitivo e sem fim à vista resolvi hoje colocar aqui na tasca uma das respostas enviadas desta vez a um recente requerimento penso que oficial ou senão revestindo-se dessa capacidade por parte de uma entidade que embora não pertença directamente à administração pública tem inequívocos laços directos com esta:

"Exmos. Srs.
Lamentavelmente o ficheiro anexado não é completamente compatível com o software que disponho - LibreOffice / OpenOffice. Contudo irei responder com a mais que provável possibilidade de existir uma alteração do formato que apresentaram e que se traduzirá numa eventual confusão - como não possuo nem pretendo de forma alguma utilizar utilizar este tipo de software proprietário e fechado nunca conseguirei verificar quais os danos que daí advenham.
Desconhecendo se de facto se trata de um documento oficial, embora pela inclusão dos logos em rodapé ser indicativo que de facto se reveste praticamente como oficial, tal poderia ser evitado caso optassem por cumprir com a Lei 36/2011 de 21 de Junho publicada em Diário da República, 1.a série — N.o 118 — 21 de Junho de 2011, reforçada pela Resolução do Conselho de Ministros n.o 91/2012 publicada em Diário da República, 1.a série — N.o 216 — 8 de novembro de 2012 que estabelece como obrigatório o uso de normas abertas sob a forma de "Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital" e onde se pode verificar o seguinte:
- "A utilização de formatos abertos (não proprietários) é imprescindível para assegurar a interoperabilidade técnica e semântica, em termos globais, dentro da Administração Pública, na interação com o cidadão ou a empresa e para disponibilização de conteúdos e serviços, criando a necessária independência dos fornecedores ou soluções de software adotadas. O Regulamento, alinhado com as diretrizes europeias em termos de interoperabilidade, contribui para a universalidade de acesso e utilização da informação, para a preservação dos documentos eletrónicos e para uma redução de custos de licenciamento de software."

Ora, o formato indicado como de uso obrigatório é precisamente este:
- "Documentos editáveis para apresentação, gráficos, folhas de cálculo e processamento de texto ODF 1.1 - Open Document Format v1.1 (Second Edition)
Como se pode verificar é de uso Obrigatório para Documentos disponibilizados de e para o cidadão com a entrada em vigor deste Regulamento.

O software que utilizo responde exactamente ao solicitado e é/será sempre esse que utilizarei quer como defensor de normas abertas e não proprietárias quanto como defensor de Software Livre e Aberto ainda por cima apoiado pelas instâncias nacionais e recomendações da União Europeia. Desta forma, apenas poderei responder com o software que possuo e que está devidamente apto para cumprir com os requisitos oficiais o que se traduz no facto de existir alguns problemas no formato que eventualmente pretenderiam com a inclusão de um formato proprietário e fechado que embora muitos o considerem como universal tal não corresponde com a verdade.

Talvez possam e queiram reformular este documento e reenviar sob a forma de ODF 1.1 o que para além de cumprir com a exigência legal também será o desejável para a manutenção de uma verdadeira "Interoperabilidade Digital" completamente independente e livre dos abusos de corporações proprietárias que por mais de uma vez já foram legalmente/judicialmente penalizados por este tipo de acções. 
Para além da eventual redução de custos que a utilização de Software Livre e Aberto poderia significar mas esse é um assunto que apenas vos diz respeito mas caso pretendam optar por esse caminho podem desde já contar com a minha disponibilidade de forma voluntária e gratuita para a exemplificação das possibilidades existentes no uso de Software Livre e Aberto.

Melhores cumprimentos."

Quando terminará este tipo de ditatorial jugo devidamente considerado reprovável pela legislação em vigor!?

quarta-feira, outubro 24, 2012

CIENTISTAS CUIDEM-SE!

Principalmente se trabalham em Itália, onde o medievalismo parece ressurgir.

Apesar dos grandes avanços que a sismologia tem tido "pensava eu de que" toda a gente reconhece não se tratar de uma ciência exacta. Ora, não se tratando de uma ciência exacta assume-se automaticamente que o erro pode acontecer com relativa frequência e, no extremo oposto, as certezas poderão nunca acontecer,. Tal como neste campo muitos outros se podem incluir como por exemplo a meteorologia que, embora cada vez mais exacta, por diversas vezes lá nos vai pregando algumas partidas.

No caso de muitos ramos "menos exactos" das ciências, neste preciso caso exemplificado através da sismologia,  é expectável que quem opina não pode estar permanentemente com a cabeça no cepo onde uma frágil linha regula entre a "vida e a morte" sob pena de ninguém arriscar qualquer hipótese excepto quando a certeza é absoluta. Paralelamente, com muita frequência são delegadas enormes autoridades por parte dos responsáveis políticos, autoridades essas que podem gerar urgentes e profundas alterações na rotina diária das populações onde presumivelmente evitar (ou minorar no caso de ser inevitável) o pânico terá uma prioridade de topo. Quando o nível de intervenção sobe a estes patamares, é imaginável que podem acontecer, entre outras, duas opções primordiais quando uma ténue hipótese surge no "radar":
- vamos manter-nos atentos e esperar pela evolução;
- tal como na história dos porquinhos - Alarme!
Se a primeira opção parece à partida ser a mais sensata existe o risco de se esperar demais e o acidente acontecer sem ter existido qualquer alarme pelo que o número de baixas pode aumentar significativamente.
No segundo caso, o alarme surge em devido tempo só que o histórico de falsos alarmes penaliza fortemente a sensibilidade da população surpreendendo muitos que certamente pensarão tratar-se de mais um engano.

Se o papel dos cientistas já é por si um deslizar pelo fio da navalha ainda por cima existe um grande número de animais armados em bestas para complicar ainda mais as coisas - os políticos!
Esta raça de predadores que ocupam o lugar de topo da pirâmide* têm por hábito andarem bem protegidos de forma a evitar que qualquer pinga de água sobrante do habitual sacudir dos Armani ** lhes manche a aparência. Assim, perante qualquer situação mais complicada é praticamente 100% expectável que também existam duas formas de estar:
- se correr tudo bem - fui eu;
- caso algo corra mal - não fui eu.  ***
Ora, como é fácil de perceber, em praticamente todos os casos que envolvam alterar a rotina da população terá que haver uma enorme ponderação dos riscos a assumir de forma a obter a melhor solução perante as alternativas existentes. Porém, quando fenómenos da natureza se encontram envolvidos, nem sempre a melhor solução naquele preciso momento de urgência é a melhor solução final e embora a imediata decepção/revolta das populações seja patente perante qualquer desgraça em breve prazo certamente surgirá o reconhecimento que foi feito o melhor possível. Dentro desta racionalidade excluem-se obviamente os tais predadores de topo - para eles as pessoas não passam de um número de votantes a preservar ou roubar a outros e, tal como os romanos o faziam antigamente, com toda a pompa e circunstância oferecem sacrifícios a alguma população sedenta de sangue esperando que seja o suficiente para os acalmar e desviar as atenções para outros assuntos da treta.

 * - julgam eles...
** - o tempo dos capotes já era...
*** - em Portugal era e continua a ser frequente "não fui eu, foram os anteriores" porém foi recentemente acrescentada a nova modalidade "não fui eu, foi a Troika" quer isoladamente quanto composta com a primeira como por exemplo "não fomos nós quem começou com a Trika"

quarta-feira, julho 18, 2012

"TECHNICAL ERROR"

Pela primeira vez na história um certo monopólio poderá vir a ser penalizado por não cumprir com a lei da UE. Desde Fevereiro de 2011, mais concretamente desde o SP1 para o 7, que a Microsoft fugiu com a sua obrigação de não colocar a opção de escolha de outro browser que não o infelizmente célebre IE.
Segundo eles, tal deve-se apenas a um "erro técnico"...
O mais estranho disto tudo e que só após a UE ter decidido investigar e provavelmente penalizar com uma multa que poderá ascender a 7 mil milhões de Euros é que detectaram tal erro!
Ou seja, demoraram 16 meses para descobrir tal "erro técnico"!

Das duas uma:
- ou sabiam perfeitamente no que se estavam a meter tentando, desta forma, aguentar por mais uns meses o seu browser no topo numa altura em que a concorrência já os está a bater;
- ou mais uma vez demonstraram claramente que a habitual incompetência está cada vez mais enraizada!
E com pormenores de requinte:
"While we have taken immediate steps to remedy this problem,(...)"

Agora, calcule-se o que para eles quer dizer "imediato" quando para cúmulo dos cúmulos asseguraram, com notória mentira, à UE em Dezembro do último ano que tal opção estava presente:
- "Although Microsoft submitted in a report to the Commission in December last year that the choice screen was still present, we have received indications from third parties that Microsoft has not complied with its commitments in the period from February 2011 until today.


Microsoft has recognised these facts. More precisely, it appears that since the launch of Windows 7 Service Pack 1 in February 2011, the choice screen has no longer been displayed. As a result, about 28 million users may not have seen the choice screen at all.

Despite this, Microsoft submitted in a report to the Commission in December last year that the choice screen was still present."

Ligação para a press release de Joaquín Almunia.

Cada um que julgue o que quiser mas este tal "erro técnico" não deveria ter sido detectado de imediato quer em Fevereiro de 2011 e no pior dos cenários em Dezembro do mesmo ano quando com total desprezo pela lei e pela mais alta instituição desta Europa Unida asseguraram que tal opção estava presente!?

O que é facto é que mais uma vez violaram a lei e que apesar disso todos os países da UE irão continuar a gastar muitos milhares de milhão em produtos de um convicto monopolista que ainda por cima já por diversas vezes foi julgado e incriminado por tais práticas e que desta vez conseguiram ir mais longe, tão longe que certamente terão lugar na (triste) história!

Fonte.

quarta-feira, julho 04, 2012

INDEPENDENCE DAY

O título é totalmente fora do contexto se tivermos em conta esse dia tão querido dos cidadãos dos EUA e apenas tem a ver com a humilhação que hoje sofreu a corja que tentou de todas as formas (im)possíveis e (in)imagináveis fazer prevalecer a vontade uns poucos contra a liberdade de muitos milhões com a ignóbil ditadura que dava pelo nome de ACTA. Ainda ontem, um dos principais responsáveis por tal manobra solicitava a todos os intervenientes com poder de voto para se absterem e desta forma poderem ultrapassar a barreira que os poderia impedir de alcançarem tal desiderato e de tal forma que tinha quase a absoluta certeza que o EPP o iria fazer. Felizmente, uma esmagadora diferença de 478 contra 39 expressa de forma inequívoca onde estes tristes deverão enfiar este tal "tratado"...

Se no princípio afirmei que o título estaria fora de contexto do restante texto existe porém algo que até pode ter alguma ligação, embora em sentido inverso, que é a marcada independência do Parlamento Europeu perante a invasão dos podero$o$ bobbys da indústria de entretenimento na sua maioria sediada nas terras do tio Sam mas com dependências em todos os países do mundo através de várias obscuras "associações" de onde não se podem excluir as infelizmente famigeradas "portuguesas".

Desta forma, esta significativa e expressiva recusa por parte do Parlamento Europeu, deixou os EUA praticamente a falarem sozinhos acerca de tal "tratado" já que provavelmente contará apenas com o apoio de Marrocos. Ainda bem que o PE o rejeitou já que a União/Comissão Europeia assinou tal dejecto, com a suspeita concordância de Portugal ou seja, o PE conseguiu em poucos meses ver aquilo que durante vários anos à porta fechada e mais mais desprezível segredo centenas de outros não QUISERAM ver - fortes indícios de que este "tratado" violava de forma repugnante os direitos fundamentais dos cidadãos. Claro que, após conhecimento dos documentos, numa primeira fase onde alguém teve a feliz ideia de os dar a conhecer ultrapassando desta forma parte do secretismo que o rodeava, foram os próprios cidadãos que de várias formas conseguiram abrir os olhos destes responsáveis embora como já se calculava a CE/UE nunca QUIS ver aquilo que realmente se passava em seu redor imbuídos numa colectiva cegueira que bem ilustrada ficou no "ensaio" de Saramago.

Como é óbvio, esta foi apenas uma das batalhas e não o acabar da guerra que certamente perdurará através de outros manhosos expedientes por parte dos habituais suspeitos com a esperada intervenção de poderosos bobbys para de alguma forma conseguirem impor a lei deles, mesmo que seja contra toda a vontade agora expressa e dos direitos fundamentais da população, apenas em prol da sôfrega busca de mais e mais cifrões. Como tal, é necessário estar sempre alerta para cortar o mal pela raiz e nunca deixar chegar ao ponto onde chegou - o "povo" já demonstrou que não se deixa enganar assim tão facilmente embora Portugal não seja um exemplo estas coisas perfeitamente visível pela passividade bovina com que deixa enganar pelos consecutivos desgovernos com principal destaque para o actual o qual, julgava eu erroneamente, nunca poder via a ser pior que o anterior. Apesar de se tratar apenas de uma batalha, este dia 4 de Julho de 2012 poderá vir a ter o merecido relevo para muitos milhões de cidadãos que podem considerar este o dia em que o Parlamento Europeu impediu uma das mais catastróficas imposições de um sistema ditatorial por parte de uma super-potência estrangeira. quem sabe, terá algum o devido destaque e ter honras a eventuais comemorações? (pela parte que me toca - ófaxfavôr tira aí uma fresquinha que hoje é dia de festa...)


domingo, abril 25, 2010

PSD EXIGE PROGRAMAS LIVRES E ABERTOS!?

Claro que não.
Esta questão já não é de agora e de há muito que este repentina paixão pelo “Open Software” vem sendo utilizada com o maior dos desplantes por quem sabe perfeitamente que nunca irá cumprir com aquilo que dizem. É que não é necessário ir para a AR proclamar que vai fazer mas sim exigir que se faça aquilo que há muito todos os partidos concordaram em fazer!
Esta treta toda até parece indicar que o PSD viu finalmente a luz e que, depois de apresentado o seu novo S. Sebastião, ao fim de muitos anos finalmente se compromete com algo que parece uma autêntica novidade. Não sei o que este pessoal respira/come/bebe/fuma lá por aqueles corredores da AR mas tudo parece indicar que deverá existir por lá qualquer coisa que os faz esquecer de tudo o que prometem. Pior ainda, nem sequer de promessas se pode falar já que existe devidamente escrito e gravado as intenções de que se irá utilizar Programas Livres e Abertos (PL/A) na Administração Pública praticamente desde o princípio deste milénio!
Estas "novidades" de um PSD que apenas mudou uma ou duas caras fazem-me lembrar o fantástico empenho de alguns militantes de topo do PS, hoje ministros, em promover os PL/A. Quando estavam na oposição, como é óbvio e de tal forma que até chegaram a escrever artigos inteiros a proclamar as virtudes destes PL/A em diversas revistas da especialidade!

Se eu tinha alguma dúvida que o PSD de agora iria fazer uma revolução "tecnológica" tal ficou perfeitamente dissipado primeiro com o tal de "open software" e logo de seguida com a "alternativa de negociar uma licença única". Isto e mais umas coisitas acerca de outras medidas para encurtar a despesa duraram apenas uns momentos (ver cerca do sétimo minuto já que o resto não passa de palha) em cerca de 10 minutos de tanga. Ah!, e mesmo esses poucos momentos foram de uma generalidade que até dói, já para não falar da triste declaração "à semelhança, de resto, do que já sucede em outros países". Em abono da verdade, este PSD do "open software" não sabe rigorosamente nada do que se passa noutros países principalmente na AP dos países de topo da Europa onde os PL/A são já há muito uma realidade indesmentível, apesar da falta de informação dos pasquins “especialistas” da nossa praça nos quererem fazer pensar o contrário. Em resumo, pelo que se pode depreender, o que o PSD quer é uma arma com que possa chantagear esse alguém que negoceia muitas licenças com a AP e nunca recorrer aos PL/A como forma de tornar este país tecnologicamente independente e mais criativo e a custo zero. Ou serei eu quem estou a ver mal esta comédia e não conseguir conciliar uma "obrigação" com qualquer espécie de "alternativa"!?
Uma coisa assim do tipo "numa auto-estrada é proibido parar ou estacionar mas em alternativa poderá bater contra os rails de tal forma que a imobilização seja absolutamente necessária e, desta forma, não possa ser punida?


Outra das dúvidas que me fez desconfiar das reais intenções deste remendado PSD teve a ver com o tal de “open software”. O que será “open” para este pessoal?
Será que o “open” apregoado pela M$ chega para lhes satisfazer as vontadinhas?
Porque é que não mencionaram “Programas Livres e Abertos” ou em alternativa “Software Livre e Aberto”?
Para além de PL/A ser na língua portuguesa, que deveria mesmo ser de uso obrigatório na AR ao invés dos pseudo-intelectuais estrangeirismos que apenas torna mais ridículo o orador, inclui ainda o Livre de forma que cubra outras obrigações. É que de “open” anda o mundo cheio!
Provavelmente, não saberão a diferença mas caso estejam interessados poderão ler este excelente post em Jornal de Waterseven, companheiro no Planet Geek.

Sinceramente, eu até quero acreditar que este recauchutado PSD irá mudar alguma coisa, principalmente neste capítulo, e não cair em idênticas desgraças dos “Planos” de Sócrates, os tais que iriam dar mais umas centenas de milhar de postos de trabalho e que na realidade apenas contribuíram para umas centenas de milhar de despedimentos e uns milhões de € a mudar de mãos para um convicto monopólio já devidamente julgado e condenado nesta Europa que se diz unida.


Pois é, palavras levam-nas o vento e para acreditar em alguém que queira ser minimamente honesto exige-se acções ao contrário de vãs intenções profusamente repetidas. E até agora, é precisamente isso que tem faltado a todos os partidos que por lá andam a polir as cadeiras daquela que deveria ser a mais respeitada instituição deste país mas que no fundo, pelos casos diários que se vem na TV, é bem pior que uma peixaria, sem qualquer questão de menosprezo por esta tão honesta profissão. Pela parte que me toca, como se costuma dizer, sou como S. Tomé – ver para crer – e não me parece que seja este “novo” PSD que me faça ver alguma coisa positiva. Com toda a franqueza e honestidade, só espero mesmo estar enganado e daqui a uns tempos estar por aqui com o maior prazer a reconhecer que errei.



domingo, abril 04, 2010

DOCUMENT FREEDOM DAY

"Governmental, corporations, other large entities – in fact, anyone – procuring office systems with a requirement for standards-conformance need to have their eyes very wide open about what precisely they will be getting with systems which create new documents which are extended Transitional ISO/IEC 29500.
(...)


RIP SONGBIRD

Bem, tenho que admitir que nunca foi uma das preferências ou, para ser mais honesto, nem sequer me recordo quando foi a última vez que reparei em tal coisa. Seja como for, os gajos deixaram de contar com Linux.
Cá por mim fazem bem.
Adeus.

PS: Pode ser que agora alguém pegue no código daquilo e faça algo de jeito...

sábado, março 20, 2010

QUEM É ZON ESTÁ OFF

Apesar da propaganda toda, a ZON anda a vender gato por lebre. Andava a pensar em mudar para este serviço, já fiz os contactos necessários e tudo, mas acho que vou desistir enquanto estou a tempo. É que por acaso até uso imenso este tipo de serviços principalmente para sacar as ISO's das distribuições GNU/Linux mais recentes e não desejo que se intrometam na minha liberdade de escolha o que acabaria por acontecer caso me tolhessem o tráfego segundo a (fora-de-)lei deles.
Se por um lado estes badamecos publicitam velocidades "até X" não sei como se comportarão na "fibra" em que GARANTEM as velocidades contratadas. Ou será que não passam mesmo de uma cambada de putos sem fibra nenhuma!?

É com coisas destas que vou aprendendo e por outro avisando os mais incautos que usam este tipo de serviço. Aliás, até nem preciso de os avisar já que muitos andam a pensar em migrar para outras bandas - por cá os jogos são transmitidos tipo "filme antigo" em que um jogador sai da baliza e quando vemos a próxima imagem a bola já está dentro da baliza contrária. Ah!, sem falar na odiada "pixelização"...

Como Carlos Martins bem frisa, é uma pena que os tais "reguladores" não passem de uma mera figura de estilo. Só muito-de-vez-em-quando lá aparece qualquer coisa para pura ilusão de pretender mostrar serviço.

sábado, janeiro 27, 2007

VISTA - ILEGAL NA EUROPA?

Segundo a ECIS, as práticas usadas pela Microsoft, consideradas ilegais há três anos atrás pela Comissão da União Europeia, continuarão a existir no Vista o que, segundo este Comité, é ignorar claramente os princípios fundamentais da resolução da Comissão.
O principal ponto de discórdia é a linguagem XAML, proprietária, fechada e orientada para o Windows que visa substituir o HTML, com que a Microsoft espera vir a dominar a Internet, discriminando outros sistemas como, por exemplo, o Linux. Além do XAML também está em causa o OOXML, o tal "open", que visa destruir o, realmente aberto, formato ODF, que neste momento é o standard aprovado, para subjugar o mundo ao Windows e à Microsoft.

Em conclusão:
-"The end result will be the continued absence of any real consumer choice, years of waiting for Microsoft to improve - or even debug - its monopoly products, and of course high prices," "

Após uma queixa efectuada no ano passado, o ECIS acha que chegou o momento de propor à Comissão a paragem, na Europa, do lançamento do Vista.

Fazem parte do ECIS a Adobe, IBM, Nokia, Oracle, Red Hat e Sun Microsystems.

Na minha opinião isto não vai mudar em nada a posição paquidérmica da Microsoft, pois a única coisa que sabem realmente fazer é espezinhar tudo pelo caminho. Pagam-se mais uns milhões mas o que é isso comparado com os milhares de milhões que irão ganhar subjugando todo o mundo a seus pés?

De vez em quando acho que Gates (& Ca. Lda.) e Bush são tão parecidos, quanto mais não seja na estupidez.