segunda-feira, setembro 17, 2007

ATÉ QUE ENFIM!

Hoje foi escrito um marco histórico na história da Europa e na demanda dos que primam pela liberdade.

Após cerca de dez anos eis que finalmente alguém bate o pé ao todo poderoso monopólio que asfixiava todos quantos lhes faziam frente!

Esta resolução apenas perca por tardia. Nestes dez anos a M$ continuou, impunemente, a ampliar o seu poder através da “compra” de poderosos lobbies e políticos mais “simpáticos” com a sua causa.

A União Europeia terá, a partir deste momento, de estar extremamente atenta a todas as habituais manobras de destabilização a que todos estamos habituados.

Para já começa com uma chantagem camuflada ao “ventilar” que emprega, na Europa, cerca de 3 milhões de pessoas, e que investe biliões como que a querer dizer que provavelmente poderá exercer represálias caso esta pena lhe venha a ser aplicada.

Não acreditam?

Então atentem neste “inocente” trecho da comunicação de Brad Smith:

A lot has changed, but I will say that one thing has remained constant, and will continue to do so, and that is Microsoft’s commitment to Europe. When this case started, we published Windows in 24 European languages; today that number is 41, and it will continue to grow. When we started this case, we had 3,900 employees in Europe; today we have 13,000, and that number will continue to grow. When this case started, we were spending $3 million a year on research and development in Europe; today we are spending almost half a billion, and that number will continue to grow. Today we work with over 200,000 business partners, who employ almost 3 million people on the European continent, and that number too will continue to grow.”

Apesar do homem dizer que os números irão continuar a subir, isto não cheira a ameaça velada?

Ó Brad Smith, vou-te dizer apenas uma coisa:

-Por cada cêntimo que cá puseste ganhaste 3.000 vezes mais, e isto deveu-se única e exclusivamente da M$ ser um monopólio, ou melhor, a M$ ser o maior monopólio existente à face da Terra!

Este mesmo Brad Smith também não “entende” porque a M$ não é “aberta”, quando todos eles (empregaditos da M$) julgavam que eram a empresa mais aberta que havia no Planeta Terra e arredores:

We’ve sought to be open and transparent, and we’ve sought to strengthen our ties with the rest of our industry. Indeed, it’s notable that just last week we announced a new agreement with Sun Microsystems, and the week before that we announced a new agreement with Novell, two of the companies that started out on the other side of this case almost nine years ago.”

Ó Brad Smith, deixa-me dizer-te mais uma coisa:

-Eu percebo que seja muito difícil para um imberbe democrático perceber a ideia que os europeus tem acerca de liberdade e democracia. Isso, a liberdade e democracia europeia, faz parte da nossa vivência e nem que tu mames dez mil enciclopédias acerca deste assunto durante a tua vida toda hás-de chegar a compreender!

Para terminar, acho fantástico este apreço da M$ por companhias “amigas” do SL/A nesta altura do campeonato, principalmente pelas mais ou menos falidas. Se repararmos bem, a M$ andou cerca de dez anos a arrastar este processo e anda há cinco anos a arrastar outro nos EUA.

Acho muito estranho andar tantos anos a desprezar o movimento SL/A para a poucos meses de ser avaliada(*) e julgada andar por aí feito barata tonta a fazer pactos com “inexistentes, cancros, comunistas, gadelhudos, putos ainda sem barba” e outros epítetos que nem sequer vale a pena falar.


(*) - Nos EUA será avaliado dentro de pouco tempo um novo período de 5 anos de algumas restrições ao modelo de negócio, por violação das leis anti-monopólio.

1 comentário:

Francisco Costa disse...

Não gostaria de entender as palavras do homem como ameaça, mas antes como palavras de quem não desiste, mostrando persistência...
No entanto se forem palavras de ameaça e a MS decidir abandonar os seus investimentos na Europa tenho que admitir que será catastrófico. Primeiro para aqueles que trabalham para a MS e depois para a própria MS, porque todos conhecemos casos de ex-funcionários da MS que depois denunciam o de pior que há naquela máquina monopolista.
Por outro lado o software Open Source poderia crescer mais facilmente e mostrar o que vale.