No habitual período de descontracção de Sexta-Feira à tarde, no "selecto" grupo a que pertenço, existe sempre a tendência do assunto versar a semana de trabalho onde se aproveita sempre para dizer mal de tudo o que diga respeito aos respectivos empregos. Mesmo naqueles dias em que assuntos tão inócuos como futebol, Fórmula 1, Carros, mulheres e a omnipresente "costela" de enólogo abrem as hostilidades, a conversa acaba sempre por descambar no "trabalho".
Este padrão é mantido quase religiosamente em todas as "reuniões" deste grupo porém, não há regra sem excepção.
Nesta última Sexta-Feira aconteceu uma dessas raras excepções e a conversa rumou para a Informática, tudo por causa do Me2.
Como todos já sabem a minha opinião sobre este assunto existe a tendência de trazer à baila o Linux para o mais perfeito e sublime deleite de 8 ou 9 gajos, contra 1, esgrimirem as patetas e rebuscadas concepções, recortadas das revistas da "especialidade", da superioridade do Window$ versus Linux. Geralmente a coisa acaba com umas cervejolas a mais, perdida a racional contagem no aceso fogo da discussão, com a consequente zanga que durará até novo encontro.
Desta vez, porém, já não me encontrava sozinho no meu lado da barricada pois 3 (!) dos "habitués" decidiram experimentar o Ubuntu.
E não é que gostaram?!
Discussão acesa!
Os habituais e esfarrapados argumentos da parte do darkside não repercutiram os habituais ecos e, de um momento para o outro o vale-tudo começou a vir à baila. Da minha parte nem um pio, regalado que estava a saborear uma Bohemia, adornada com os indispensáveis acessórios - tremoços e amendoins, e a contra-argumentação dos meus recentes aliados. Quanto mais os ouvia mais adquiria a certeza que era uma conversa de mudos, surdos e cegos!
Qualquer uma das facções lutava com tudo o que lhes aparecia à mão e uma guerra campal vislumbrava-se no horizonte...
De repente tudo acalmou e operou-se uma radical mudança na confrontação entre os dois lados. Parecia impossível mas o bom senso imperou e a violenta discussão que se avizinhava passou a ser uma "concordata" geral.
-"Ok eu concordo com isso..."
-"Tá bem tens razão nesse ponto..."
E por aí fora.
Dei comigo a pensar:
- "assim não vale. Então já ninguém dá uns murros na mesa ou uns berros daqueles que todos os presentes ficam a olhar para a nossa mesa e que coloca à prova o fairplay do empregado/dono do Bar?
- Mas afinal o que vem a ser isto?!
- Bem, daqui só posso tirar a conclusão de que muita coisa está a mudar e para melhor diga-se de passagem!"
Só depois desta anómala discussão é que comecei a reparar que esta mudança tem vindo a acontecer desde há muito tempo e eu distraído. Tal como um pai que não vê os filhos a crescer e só se apercebe disso quando os outros lhe dizem, eu também não tinha visto que um utilizador de Linux já não é visto como uma ave rara ou alguém com um parafuso a menos.
Assim não vale!
Na próxima Sexta-Feira vou-lhes espetar com BSD ou Solaris.
Nada a sério, apenas para ver as reacções...
Este padrão é mantido quase religiosamente em todas as "reuniões" deste grupo porém, não há regra sem excepção.
Nesta última Sexta-Feira aconteceu uma dessas raras excepções e a conversa rumou para a Informática, tudo por causa do Me2.
Como todos já sabem a minha opinião sobre este assunto existe a tendência de trazer à baila o Linux para o mais perfeito e sublime deleite de 8 ou 9 gajos, contra 1, esgrimirem as patetas e rebuscadas concepções, recortadas das revistas da "especialidade", da superioridade do Window$ versus Linux. Geralmente a coisa acaba com umas cervejolas a mais, perdida a racional contagem no aceso fogo da discussão, com a consequente zanga que durará até novo encontro.
Desta vez, porém, já não me encontrava sozinho no meu lado da barricada pois 3 (!) dos "habitués" decidiram experimentar o Ubuntu.
E não é que gostaram?!
Discussão acesa!
Os habituais e esfarrapados argumentos da parte do darkside não repercutiram os habituais ecos e, de um momento para o outro o vale-tudo começou a vir à baila. Da minha parte nem um pio, regalado que estava a saborear uma Bohemia, adornada com os indispensáveis acessórios - tremoços e amendoins, e a contra-argumentação dos meus recentes aliados. Quanto mais os ouvia mais adquiria a certeza que era uma conversa de mudos, surdos e cegos!
Qualquer uma das facções lutava com tudo o que lhes aparecia à mão e uma guerra campal vislumbrava-se no horizonte...
De repente tudo acalmou e operou-se uma radical mudança na confrontação entre os dois lados. Parecia impossível mas o bom senso imperou e a violenta discussão que se avizinhava passou a ser uma "concordata" geral.
-"Ok eu concordo com isso..."
-"Tá bem tens razão nesse ponto..."
E por aí fora.
Dei comigo a pensar:
- "assim não vale. Então já ninguém dá uns murros na mesa ou uns berros daqueles que todos os presentes ficam a olhar para a nossa mesa e que coloca à prova o fairplay do empregado/dono do Bar?
- Mas afinal o que vem a ser isto?!
- Bem, daqui só posso tirar a conclusão de que muita coisa está a mudar e para melhor diga-se de passagem!"
Só depois desta anómala discussão é que comecei a reparar que esta mudança tem vindo a acontecer desde há muito tempo e eu distraído. Tal como um pai que não vê os filhos a crescer e só se apercebe disso quando os outros lhe dizem, eu também não tinha visto que um utilizador de Linux já não é visto como uma ave rara ou alguém com um parafuso a menos.
Assim não vale!
Na próxima Sexta-Feira vou-lhes espetar com BSD ou Solaris.
Nada a sério, apenas para ver as reacções...
1 comentário:
Pois é... até há uns 4 ou 5 anos os utilizadores Linux eram aves raras, de repente isso deixou de ser assim... agora são pinguins, que apesar de serem aves, são diferentes e ainda não se espalharam pelo planeta todo...
O que posso dizer é que conheço muita gente que sabe o que é o Linux, o seu maior problema é que dizem: eh pá isso do Linux é para os técnicos! Aquilo é assim a puxar para o complicado e não tem o Messenger nem o Office?!
Conclusão: Sabem o que é o Linux, mas não conhecem as suas capacidades!
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